Talvez para muitos leigos os rótulos dos vinhos sirvam apenas para identificar a marca do produto. E, de fato, estabelecer a identidade visual é uma de suas principais funções. Mas não a única.
Como qualquer produto de origem alimentícia, há especificações ali que, corretamente interpretadas, ajudarão você a eleger o melhor vinho a partir do perfil da bebida que mais lhe agrada.
Em meio a informações obrigatórias e técnicas, as mais importantes para o consumidor estão concentradas em seis tópicos – variedade de uva, classe do vinho, teor alcóolico, safra, região produtora e método de elaboração.
Quando o rótulo apresenta uma única variedade de uva, é porque ele é um vinho varietal. Isso significa que, pelo menos, 75% de sua composição advém de um único tipo de uva. Nesta seara também está a classe dos vinhos: se é fino, quer dizer que foi elaborado com uvas Vitis Viníferas, como Cabernet Sauvignon e Merlot já se for de mesa, tem sua origem a partir de uvas americanas ou híbridas, a exemplo de Isabel e Bordô.
Outra especificação importante é quanto ao teor alcoólico. O número expresso no rótulo determina a quantidade de álcool no produto. Caso seja 14°, como em muitos casos de vinhos finos, significa que 14% dos 750 ml do vinho são de álcool – importante dizer que a substância é resultado natural do processo de vinificação. Vinhos leves, menos tânicos, têm graduação menor, geralmente não passando de 10,5%.
E o ano da safra, será que serve simplesmente para orientar o consumidor sobre o tempo em que o vinho foi elaborado? Mais do que isso, pode ajudar a perfilar o paladar de quem está comprando. Em caso de ele preferir vinhos jovens e frutados, deve atentar para safras mais recentes. Já se preferir vinhos evoluídos, precisa procurar safras mais antigas. O ano é referencial, ainda, para quem já é iniciado neste universo: indica safras cujas uvas propiciaram a elaboração de grandes vinhos.
Outra informação importante apresentada pelas etiquetas são as regiões onde os produtos foram elaborados, o que evidencia aspectos como o terroir de determinada área. Isso aparece em selos como os de Indicação de Procedência, de Denominação de Origem ou de Consórcio de Produtores – ou, ainda, apenas para indicar a região onde o vinho foi elaborado, como por exemplo, a Serra Gaúcha.
Em relação aos espumantes, os adesivos identitários apresentam algumas diferenças. A principal é o método de elaboração, que pode ser Charmat (características mais leves e frutadas) ou Tradicional (mais maduro e evoluído). Outro é forma de classificação quanto ao açúcar residual: no caso dos vinhos há apenas três categorias (seco, demi-séc e suave), e no caso dos espumantes, seis, partindo dos que apresentam menos açúcar residual para os que têm quantidades maiores: Nature, Extra-Brut, Brut, Seco ou Sec (pouco comum), Demi-Sec e Doce.
Além de especificações assim, os rótulos trazem algumas informações determinadas pela legislação, como número de registro do produto no Ministério da Agricultura, ingredientes, identificação do lote e nome do produtor ou do importador, entre outras.
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Vinícola Garibaldi
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