Mais do que uma alternativa para um público restrito, as bebidas não alcoólicas tornam-se tendência mundial e têm registrado aumento na preferência também do público brasileiro. O interesse do consumidor por esse filão de produto, especialmente após a pandemia de Covid-19, vem sendo percebido pelo setor de bebidas sobretudo, com o público adulto mais jovem, da chamada Geração Z. A estimativa da Mordor Intelligence, por exemplo, é de que entre 2023 e 2028, o setor de bebidas não alcoólicas experimente taxas de crescimento anual entre 4,1% e 4,7%.

Neste cenário, os vinhos e espumantes sem álcool levam ainda mais uma vantagem, especialmente perante quem procura hábitos mais saudáveis: praticamente não há adição de açúcar na versão não alcoólica dos vinhos, diferentemente de outras bebidas deste tipo. Este processo fica por conta das propriedades da fruta, a uva. Uma vantagem que, como demonstra o inédito Garibaldi Prosecco Zero Álcool, lançado ao mercado este mês pela Cooperativa Vinícola Garibaldi, também garante menos gostos adocicados, com o prazer do espumante e sem o álcool.

"Quem consumir o produto, perceberá um frescor muito intenso. Ao mesmo tempo, a sensação doce é minimizada por esse frescor, que vem da presença marcante de acidez. O resultado é uma bebida que lembra muito um espumante entre o Brut e o demi-sec, porém, sem álcool", diz o enólogo da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Ricardo Morari. O novo Prosecco Zero Álcool é elaborado a partir do mosto (suco) da uva prosecco, diluído em água para alcançar o equilíbrio entre os açúcares residuais e a sensação doce na boca. Sem o processo de fermentação, para não gerar o álcool, o gás carbônico (que faz as "bolinhas") é adicionado lentamente, em autoclave (tanque de inox), garantindo a sensação no paladar típica do espumante.

"O consumo de vinho no Brasil vem crescendo entre jovens, mas ao avaliarmos os vinhos mais estruturados, mais alcoólicos, observamos um menor consumo, ou um consumo específico em momentos especiais no recorte estatístico da Geração Z. O que precisamos é estar sempre inovando para garantir o vinho no "share" do consumo de bebidas das novas gerações. Cabe à indústria se adaptar ao perfil do novo consumidor", explica o gerente de marketing e enoturismo da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Maiquel Vignatti.

Para entregar o que essa nova geração procura – produtos com mais frescor, mais vivacidade, menos teor alcoólico – um dos movimentos da marca tem sido investir em vinhos com uma mensagem mais disruptiva, e que garanta um consumo mais consciente para uma geração que busca muita informação no momento de consumir. "É muito mais do que o produto dentro da garrafa, é a experiência, a questão cultural, muito mais do que degustar uma bebida, o consumidor cada vez mais está adquirindo cultura", completa Vignatti.

O aprimoramento dos processos, como ocorre na Garibaldi, que já chega ao seu sétimo rótulo da família Zero Álcool, segue o movimento que, aponta a empresa de inteligência de mercado, Fact.MR, no caso dos vinhos não alcoólicos, chegará, em 2027, valerá US$ 10 bilhões. Quando considerado somente o crescimento da produção e consumo dos vinhos sem álcool no mundo, a projeção é de que, entre 2019 e 2027, a taxa de crescimento seja de 7% anuais. Mesmo que no Brasil os resultados ainda não sejam tão destacados, na América do Norte, desde 2018, este novo segmento de vinhos tem avançado 8% por ano.

Estar presente e consolidado nas escolhas de um público que cada vez mais ultrapassa o limite das pessoas que não podem ou não tem o hábito de consumir álcool, mas que tem o desejo de celebrar, ganha valor. Pesquisa feita com consumidores no Brasil já aponta que 31% dos consumidores de bebidas sem álcool escolhem o produto, não por alguma restrição, mas por considerar que já existem boas opções no mercado. No mundo virtual, a tendência também ganha proporções relevantes. O Pinterest Predicts aponta que, em 2022, subiram 220% as buscas por "bebidas sem álcool sofisticadas". No Google Trends, a busca por drink não alcoólico também atingiu seu pico na aferição feita desde 2004.

"O melhor feedback que temos recebido é o do próprio mercado. Estamos seguidamente crescendo, especialmente no segmento de espumantes, que é liderado e puxado pelos espumantes mais leves, frescos e agora também com o zero álcool. O desafio é continuar crescendo, inovando e apresentando novos produtos para todos os públicos, em todos os nichos específicos. Posicionar-se à frente de um mercado tão competitivo, pensando na árvore de decisão do consumidor, é desafiador", aponta Maiquel Vignatti.

A entrada da cooperativa neste nicho começou com o Gota D'Or (Branco e Rosé), seguiu com o Garibaldi ICE Zero Álcool e o Garibaldi ICE Rosé Zero Álcool, e com os Garibaldi Moscato Zero Álcool e o Garibaldi Moscato Rosé Zero Álcool. Agora, o mais recente lançamento é o Prosecco Zero Álcool. Há ainda a linha Sweet, com vinhos de menor teor alcoólico, e a linha de Vinhos Granja União, onde contempla vinhos para consumo jovem, com menor teor alcoólico. A cooperativa mantém, por exemplo, um vinhedo experimental para o desenvolvimento de novos produtos e variedades. O próprio Complexo do Enoturismo, desenvolvido pela cooperativa, tem se tornado um grande campo de experiências inovadoras para alcançar todos os níveis deste novo mercado para o vinho.

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